Durante o período de quarentena, diversas pessoas têm encontrando dificuldade em manter uma dieta.
Uma destas dificuldades pode ser considerada a ansiedade, que está alta neste período de incertezas, atuando em vias corticais e subcorticais que envolvem a aprendizagem e memória de recompensa e prazer, bem como diminuição do controle cognitivo, favorecendo o consumo de alimentos mais palatáveis com alto teor de gorduras e açúcar.
Uma associação certamente é feita entre "sentir-se ansioso" e após o consumo de alimentos altamente calóricos "sentir-se melhor", isto é aprendido podendo se tornar um hábito, sendo reproduzida em diversos momentos, criando-se um elo entre o desiquilíbrio das emoções e alimentação.
Outra dificuldade são as sugestões ambientais que estão a nível visual, aqueles doces comprados no início da quarentena e deixados em cima da mesa, que eram para durar 15 dias e acabaram nos 3 primeiros.
A ciência explica que estas sugestões visuais reforçam a buscas destes alimentos, ativando regiões relacionadas a desejo e motivação, sendo reproduzidos mesmo em dietas hipercalóricas por reduzir a capacidade do organismo de identificar um balanço calórico positivo.
Algumas alternativas para melhora deste cenário podem ser adotadas, a primeira seria o controle da ansiedade/stress através de psicoterapia, meditação, yoga, atividade física, entre outras formas, a segunda seria o controle do ambiente e sugestões visuais, diminuindo a compra de alimentos processados e de alta densidade energética, aumentando o consumo de alimentos in natura e de alta densidade nutricional.
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