O óleo de coco (OC) ganhou popularidade por algumas pessoas o considerarem saudável. Um dos argumentos para isto é que ele tem em sua composição triglicerídeos de cadeia média (MCT), estes são absorvidos mais rápidos pela veia porta, desempenhando um papel mais importante para a geração de energia via beta oxidação, do que para a síntese de colesterol.
No entanto o ácido láurico (12:0) que compõe metade dos ácidos graxos do OC, quimicamente classificado como MCT, não atua como MCT, ele age no organismo como um ácido graxo de cadeia longa, sendo transportado pelos quilomicrons. Além disso outros 25% das gorduras que compõem o OC, são gorduras saturadas de cadeia longa, ácido mirístico (14:0) e ácido palmítico (16:0).
Uma meta analise publicada na revista Circulation(revista conceituada), demonstrou que o OC aumenta as concentrações de LDL, famoso colesterol “ruim”, em 10mg/dl em comparação a outros óleos vegetais, e eleva o HDL (colesterol “bom”) em 4mg/dl.
Mesmo aumentando um pouco o HDL, o aumento do LDL acaba sendo mais importante do ponto de vista epidemiológico. Um LDL alto por si só já é relevante para o aumento de risco de doenças cardiovasculares, apesar de alguns profissionais falarem que não, os grandes estudos demonstram que sim.
Pensando em outros aspectos:
- OC não melhora performance esportiva
- OC não emagrece
- OC não tem efeito termogênico
- OC não reduz glicemia
- OC não melhora inflamação
O OC para quem gosta, pode ser usado assim como outros óleos sem excesso, só não faz sentindo achar que é super saudável e encher tudo de OC.... Para quem segue dica de nutricionista low carb ou blogueira cuidado! Adicionar OC no café pode favorecer o ganho de gordura por facilitar o aumento do consumo calórico, além de não ter nenhum efeito na melhora de performance.
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