Quantas pessoas com uma dieta em mãos não conseguem executa-la por estarem estressados, ansiosos ou nervosos. Pessoas que começam um processo de emagrecimento, perdem muitos quilos mas por algum problema pessoal, voltam a comer em grande quantidade alimentos ricos em gordura e açúcar, e ganham todo peso novamente. A base para este tipo de comportamento estão lentamente sendo compreendidos, eles incluem vias corticais e subcorticais que envolvem a aprendizagem e memória de recompensa e prazer, bem como formação de hábito e diminuição do controle cognitivo. O aumento do estresse afeta sim o comportamento alimentar, um estudo de, Garg, N. et al. (2007), mostrou que a tristeza e o stress favoreceram o consumo de alimentos com alto teor de gorduras e açucar, enquanto um estado de tranquilidade, favoreceu o consumo de frutas . A ingestão de alimentos saborosos, ricos em gorduras e açucares, podem “diminuir” o estress percebido, reforçando assim o consumo destes alimentos e adoção deste comportamento em periodos de stress. O estudo de, Gibson, E.L. (2006), demonstrou que 80% das pessoas mudam seus comportamentos alimentares quando percebem-se estar estressado/ansiosos/nervosos. Uma associação é quase certamente feita entre "sentir-se estressado" e "sentir-se melhor" após o consumo de alimentos ricos em açucares e gorduras, essa associação é aprendida, podendo se tornar um hábito, sendo reproduzida em estímulos de menor intensidade, como stress de baixo grau, cansaço ou pequenos eventos perturbadores, criando-se um elo entre o desiquilibrio das emoções com a obesidade. Para quem busca o emagrecimento é necessário não só uma reeducação alimentar, mas também o equilibrio em todos aspectos da sua vida, pois as emoçoes têm grande influencia no padrão alimentar. Referências Garg, N. et al. (2007) The influence of incidental affect on consumers’food intake. J. Mark. 71, 194–206 Gibson, E.L. (2006) Emotional influences on food choice: sensory,physiological and psychological pathways. Physiol. Behav. 89, 51–61 Dallman, Mary F. "Stress-induced obesity and the emotional nervous system." Trends in Endocrinology & Metabolism 21.3 (2010): 159-165.